Amo a frase “Eu me apaixonei pela imagem que inventei de você”, porque retrata de forma minimalista, o que sinto aqui dentro, todos os sentimentos perturbados que tenho por você, todas as paranoias que alimento diariamente.
Hoje mesmo no trabalho queria arranjar um jeito de te mandar mensagem, nem que fosse um como você tá? “O quê você está fazendo?” Como uma garota apaixonada pelo seu vizinho faria…
Parece um sonho sem final feliz, uma perda da capacidade de pensar e, ao mesmo tempo, às duas coisas juntas. Uma hora penso que o mundo é lindo e um dia tudo ficará bem, já outra hora acho que todos deveriam morrer, principalmente você sabe quem. Não sei o que me torna mais louca se é o fato de ainda gostar de você, ou no fato de me prender a essa imagem para não deixar outra pessoa entrar para não sofrer de novo. Talvez ainda pior o desejo de um futuro - distante - mas ainda um futuro com você.
Sempre me pergunto o quão doente isso pode ser, o simples pensamento que estar com você me traria felicidade me assombra, pois, essa “felicidade” eu deveria encontrar em mim ou na vida, pelo singelo ato de viver. Não preciso complicar as coisas, “dá uma romantizada”, neste caso uma arruinada na minha vida, só assim para ser eu (loucura+ coisas futuras que quero que aconteçam+ coisas passadas que não aconteceram, mas para mim, foram reais = Eu²). É como se fosse uma bagunça em cima de uma bagunça. E eu só queria viver, parar de pensar em você, para de escrever, contudo, escrever me acalma, me ajuda a “viver”. Eu só preciso viver um dia de cada vez por mim, para um dia alcançar a tão desejada alforria sentimental que eu mesmo que me escravizei.
08/10/2019
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